sábado, 19 de abril de 2014

DISCIPLINA E CORREÇÃO NA SALA DE AULA

Infelizmente muitas pessoas acham que a disciplina é castigo, mas de fato a palavra tem uma definição bem mais ampla. Para mim, a disciplina é a preocupação do adulto para com a criança. E o limite determinado para que a criança saiba a diferença entre comportamento aceitável ou inaceitável. Para poder estabelecer estes limites, é necessário que a criança confie na pessoa que faz com que ela respeite os limites. A criança precisa sentir que a pessoa que determina os limites está preocupada com ela.


A disciplina é a preocupação do adulto para com a criança.

O disciplinador é aquele que ensina. Para alguém crescer e ser uma pessoa bem ajustada, a disciplina é necessária. Para a criança viver alegremente en¬quanto cresce e aprende o jeito da sociedade; para ser aceita (por ela mesma e outros também) ela há de ser disciplinada. Não quer dizer ser punida, mas, sim, ensinada; ela tem que ser guiada. Em vez de dizer que disciplina é castigo, diga que é orientação.

Vamos destacar alguns prin¬cípios de disciplina na sala de aula:

1. Lembre-se de que cada criança foi criada à imagem de Deus e merece respeito e amor. Trate cada criança como você gostaria de ser tratado.
2. Seja positivo em atitudes e nas palavras. Comunique esperanças positivas. Ofereça comportamento alternativo em vez de dizer não.
3. Providencie um ambiente que atenda às necessidades físicas e emocionais da criança.
4. Planeje e se prepare pensando nos interesses e nas habilidades das crianças. Organize as coisas para ter um ambiente de aprendizagem. Planeje uma variedade de atividades que levem em conta as diferenças individuais dos alunos.
5. Esteja pronto para mudar seus planos ou atividades quando sentir que as crianças estão inquietas. Aulas monótonas criam problemas.
6. Estabeleça os limites de comportamento dentro dos quais todos possam trabalhar. Fale claramente sobre esses limites.
7. Comunique que a criança é responsável por seu comportamento e que cobraremos sua obediência (observação dos limites de comportamento). Nosso alvo é que a criança aprenda a dizer:
a. Sou responsável - tenho uma tarefa e posso fazê-la.
b. Eu posso escolher minha ações - ninguém mais é responsável pelas coisas que eu resolvo fazer.
c. Não posso fazer como eu quero porque há limites  e regras. Sou responsável por minhas ações perante Deus e os adultos.
8. Escute quando a criança fala. Ouça mais do que as palavras e tente entender o que está "atrás" das palavras. Faça o possível para conhecer a criança, seu lar e suas necessidades.
9. Conheça e viva a verdade de 1 Coríntios 13, expressando amor de uma maneira bem concreta.
Amoré:
□  Chegar cedo, trazendo bons planos para a aula.
□  Ser amigo e ajudar a criança a se sentir bem consigo mesma.
□  Preocupar-se com a criança, nas coisas tristes e alegres.
□  Deixar a criança pensar e expressar seus pensamentos.
□  Dar controle e orientação; estabelecer limites.
□  Orar pelos alunos.

Infelizmente, nem todas as crianças vão responder aos métodos já citados. Não é possível evitar todos os problemas na sala de aula. A realidade é que as crianças vão optar por fazer coisas erradas. Neste caso, o professor vai precisar corrigir. A correção se preocupa com o futuro, tentando dirigir a criança a fazer o certo futuramente. É diferente do castigo que visa a punir o erro. Tentamos seguir o modelo de Deus. Note: "Porque o Senhor corrige a quem ele ama e castiga quem aceita como filho... os nossos pais humanos nos corrigiam durante pouco tempo, pois achavam que isso era certo, mas Deus nos corrige para o nosso próprio bem, para que participemos da sua santidade" (Hebreus 12.6,10).

Em vez de dizer que disciplina é castigo, diga que é orientação

Entre as atitudes a seguir, indique as que você acha que podem ser usadas com as crianças na igreja:

1. Estabelecer regras de conduta para sua sala e depois esclarecer as regras e os limites para as crianças.
2. Dar uma orientação adequada quanto ao uso da sala e do material.
3. Ser firme, cumprindo sua palavra.
4. Desenvolver uma rotina e estrutura, evitando rotativida¬de da liderança.
5. Manter contato com os olhos e aproveitar o uso de comunicação silenciosa.
6. Entrar em contato com os pais para saber dos proble¬mas em casa que podem estar provocando os proble¬mas na sala de aula.
7. Orar com a criança sobre o problema.
8. Tocar, com carinho, a criança para dar atenção positiva. Muitos problemas de comportamento são um grito de desespero da parte da criança. Ela simplesmente quer a atenção do adulto.
9. Conversar pessoalmente com a criança, evitando humilhá-la em frente dos outros.
10. Deixar bem claro o que a criança está fazendo de errado.
11. Retirar a criança do ambiente quando necessário, mas sempre acompanhada por um adulto.
12. Manter a calma e usar uma voz moderada para chamar a atenção da criança.
13. Separar as crianças que gostam de fazer bagunça em conjunto.
14. Falar o nome da criança para que saiba que você sabe quem está criando o problema.
15. Chegar perto da criança que está agindo erradamente porque a presença de um adulto inibe atos errados.
16. Sempre deve evitar bater, gritar, usar ameaças e ser áspero.

Peggy Smith Fonseca
 Mestre em Educação Religiosa, formada pelo Seminário Teológico de Louisville, EUA. 
(Revista Educador – Ano VI – Nº 19 - 1T98)

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