Eu creio que a educação amorosa é um grande
meio de valorizar e cuidar dos nossos filhos e das demais crianças sob nossa influência.
O empresário Antônio Ermínio de Moraes
disse (em entrevista na TV) que “Democracia
sem Educação torna-se em grande Comédia.”
Na sua participação, a pedagoga e escritora
Ivone
Boechat de Oliveira, disse: “Que
força mágica poderá transformar o Brasil senão a educação?”
O primeiro grande passo para a marcha nesse
terceiro milênio que despontou sem dúvida, é “definir o caminho da educação”.
Que cidadão vai formar a família e a escola
para a pós-modernidade?
-Que sociedade será considerada pós-moderna?
-Que profissionais estarão aptos a planejar
as mudanças necessárias, dando destaque para o alcance de objetivos centrados
na valorização e felicidade do
homem?
Não basta direcionar a educação para a
qualificação dos trabalhadores, a
globalização tem produzido desigualdades crescentes na sociedade. E é aí
que a educação vai desempenhar um papel mais importante. Durante os debates do
encontro que se realizou, em
São Paulo, sob tema “0
Impacto da Globalização na Educação das Crianças”, várias expressões foram
usadas para indicar “definições para a
educação”:
-
Formar para a cidadania.
- Participar
ativamente da democracia.
- Usar
educação para fortalecer os valores humanos e não só os econômicos.
-Buscar desenvolvimento com rosto humano.
O
imediatismo
tem sido duramente criticado pelos educadores, e o caminho mais indicado é o da
transformação.
Eu ouvi em um dos Telejornais do Brasil que
já são mais de um bilhão e duzentos milhões de pessoas navegando na Internet. O Dr.
Luís Almeida Marins Filho afirmou (em entrevista na TV): “As grandes universidades americanas estão
implantando cursos avançados no mundo todo. É o tempo da universidade virtual. Agora, com o see you, see me, você verá o professor por teleconferência, em casa”.
Entretanto, o que se busca com a teleeducação
e teletrabalho é a produtividade, com qualidade total e não a valorização,
o cuidado e a felicidade do homem.
Eis algumas
reflexões que julgo importantes:
1. O QUE É EDUCAÇÃO?
É Instruir com e por amor!
Prov.
22.6
nos diz: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando
envelhecer não se desviará dele.”
A
Prof.a Ivone Boechat define: “Educar é preparar para viver, hoje, em plenitude. A grande
missão é formar cidadãos com consciência internacional, empreendedores, capazes
de gerenciar informações, prontos a fazer opções imediatas, mudar rapidamente o
rumo da vida, como um grande barco, quando enfrenta o temporal. Educar é formar
cidadãos críticos, capazes de rejeitar ou recriar os fenômenos que a sociedade
inventa ou que eles mesmos criam para a felicidade.”
“O
homem conquistou muito, através da pesquisa tecnológica. Da simples prótese
dentária ao transplante de neurônios. A ciência evolui e promete mais e mais
avanços extraordinários, causando perplexidade aos que não estão educados para
fazer a leitura da sociedade deste tempo (...) Como educar a criança para viver
em harmonia com a sua era, se formos educadores desatualizados?”
Arthur da Távola disse nessa
entrevista na TV (2001): “Se educo com os
valores de ontem, não educo, condiciono. Se educo com os valores de
hoje, não educo, faço experiência à custa dos meus alunos (e, ou filhos). Se
educo com os valores de amanhã, não educo; não sou profeta. Mas se uso os três:
sofro, mas educo”.
O certo é que precisamos equilibrar os três; educando-nos a cada
dia, sintonizando-nos com a realidade atual. Que sejamos sempre humildes,
sempre prontos a aprender e transmitir com amor aos outros. Entretanto, há uma competição desleal. Pesquisa
mostra que a criança, em média, tem 6 mil horas de televisão, quando começa a
frenquentar escola, e ali passa no
máximo 4 horas por dia... A mídia mal-usada deforma (Os próprios desenhos
muitas vezes são maus).
Quanto mais cedo os pais e os demais
educadores trabalharem para o desenvolvimento da crítica e auto crítica, mais
chance de adaptação terá a criança na educação sólida. É preciso ajudá-la a criar
valores de dentro para fora, pois é ruim e destrutivos
certos valores nos impostos de fora para dentro.
2..
QUANDO COMEÇAR A EDUCAR?
Desde a mais tenra idade
Segundo o Dr. Merval Rosa, desse
Provérbio (22.6), conclui-se, pois que o ensino
religioso deve começar desde a mais tenra idade e acompanhar o indivíduo
através dos anos, principalmente durante o período formativo, no processo de
evolução psicológica do ser humano.
Como em qualquer ramo do saber, o ensino
religioso também precisa ser ensinado e aprendido na prática; e
afeta toda a conduta humana. Mas
não existe algo de instintivo na religião? Não existe uma consciência moral no
homem que o leva inevitavelmente ao comportamento religioso? A resposta a essa
importante questão seria esta: Ninguém nasce religioso ou ateu. Ninguém
nasce moral ou imoral. O homem se torna religioso ou ateu, moral ou
imoral, dependendo do tipo de aprendizagem a que foi exposto e em virtude dos fatores
do meio que o produziram.
O ensino religioso
também precisa ser ensinado e aprendido na prática; e afeta toda a conduta humana.
O certo é que o ser humano vem ao mundo
dotado de potencialidades para responder a estímulos éticos religiosos para desenvolver uma consciência moral e
religiosa, mas o conteúdo específico dessa consciência é aprendido do seu mundo maior, do seu mundo significativo. Pôr exemplo, uma criança que está
crescendo num lar de formação evangélica, quando ouve falar em oração, tende,
naturalmente, a fechar os olhos, pois esta é uma prática generalizada entre os
cristãos evangélicos. Pôr outro lado, uma criança que está crescendo num lar de
orientação católica, ao ouvir falar em orar ou em rezar, naturalmente, tende a
pôr as mãos, pôr ser este o gesto tradicional entre cristãos católicos.
Pôr que um místico budista não tem uma
visão de Cristo, e pôr que um místico cristão não tem uma visão de Buda? A
resposta parece bastante óbvia: o conteúdo específico do comportamento
religioso não é geneticamente determinado, não é instintivo, como pensam
alguns, mas é socialmente assimilado do mundo maior do indivíduo, do seu mundo
significativo de relações.
Não seria isso que o sábio dos Provérbios
estava dizendo
quando nos admoesta a ensinar a criança o caminho em que deve andar, na certeza
de que, se esta aprendizagem for satisfatória, jamais se desviará dele?
3.
QUEM É O PRIMEIRO PRIVILEGIADO A EDUCAR?
Desde os primórdios é a família.
Dr.
Liborni Siqueira observa:
“Se compararmos a instituição “família”,
no tempo e no espaço, vamos compreender a grande influência modificadora dos
comportamentos sociais operados. A família em sua organização patriarcal,
exigia que todos se reunissem para formar um grupo de produção. Nessa etapa em
que tratava de produzir, quanto maior o número de braços melhor (família
extensa da casa-grande). A educação e a instrução eram ministradas dentro
de casa.
A
recreação (vida social) era a da casa-grande. Construía-se
o mais importante fator de consolidação dos princípios básicos da sociedade: “a
tradição familiar”.
Com a evolução
tecnológica eclodiu a grande "revolução industrial" dissociando a
família, pois seus membros necessitaram "competir" no grande mercado
aberto. A família deixou o aspecto produtivo para se transformar na fonte de
consumo. Agora, quanto menos bocas melhor (família conjugal, vivendo nos apartamentos).
Ocorreu assim a busca extensa da educação, da instrução,
do lazer, e as fábricas ditaram regras fundamentais do progresso. A família
esvaziou-se...”
Independente da competitividade
pós-moderna, de que nível pode chegar, precisamos ensinar o adequado
comportamento religioso a nossos filhos e alunos, e a principal agência da formação
moral e espiritual da criança é a família. O escritor sagrado expressou essa verdade num outro trecho de
fundamental importância para a vida do povo de Deus, assim: “Ouve, ó Israel; o
Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois , ao Senhor teu Deus de todo o
teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças. E estas palavras que
hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas
falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao
levantar-te. Também as atarás pôr sinal na tua mão e te serão pôr frontais
entre os teus olhos, e as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas.”
(Deut. 6:4-9).
Esse é o fundamento da instrução religiosa, bem como a clara
indicação de que o ensino religioso é responsabilidade específica da família. Por
que? É porque as influências mais
duradoras de nossa vida são aquelas que recebemos através de modelos
humanos significativos em nossa experiência pessoal. É através do pai e da mãe,
é através do irmão e da irmã, é, em suma, através da família que a graça de
Deus se comunica e se enraíza no coração das crianças.
4..
LOGO EM SEGUIDA VEM AS
ESCOLAS COMO AGÊNCIAS AUXILIADORAS NA OBRA DA EDUCAÇÃO.
Desde o princípio as crianças judias já frequentavam as sinagogas e o templo para
complementar os ensinos de casa.
Merval continua: Muitas vezes um pai
bem intencionado diz: “Vou mandar meu filho para um colégio Cristão, porque
desejo que ele seja instruído segundo os salutares princípios da religião
cristã.”
Não podemos negar o valor educativo da
escola e da igreja cristã na formação moral e espiritual da criança. Mas quais
são as bases lançada em casa, pelo ambiente do lar? É trágico quando a família transfere para
tais instituições a responsabilidade total da educação religiosa dos seus
filhos. Sem a parte da família pouco
podemos fazer, a não ser um grande milagre de Deus!
5. É
POSSÍVEL O APRENDIZADO PÔR OSMOSE?
Muitas
famílias,
levadas naturalmente por uma concepção defeituosa, esperam que seus filhos
aprendam o comportamento religioso pôr uma espécie de osmose, isto é,
simplesmente pôr estarem em contato com um meio em que se ensina o
comportamento ético-religioso. Não
basta usar a linguagem religiosa.
É
necessário, por parte de pais e educadores, um esforço consciente no sentido
de comunicar efetivamente a nossos filhos os valores morais e espirituais que
esperamos constituam as normas e diretrizes de suas vidas. Isso deve ocorrer não somente por meio de palavras, mas também e
sobretudo através da ação consciente, do exemplo pessoal.
6. O IDEAL SERIA QUE TANTO A MÃE QUANTO O PAI FIZESSEM
PARTE DESTA AÇÃO EDUCATIVA.
Mesmo que na família israelita o pai era o sacerdote, a família era o centro do culto. O
patrimônio cultural do povo de Deus era interpretado pelo pai e transmitido aos
filhos. O pai, portanto, era o elemento-chave
na formação religiosa dos filhos (...) O que os filhos vão pensar de Deus
depende em grande parte da imagem que eles formam do seu próprio pai.
Nas sociedades modernas, essa tarefa, quase
sempre, está afeita à figura materna. Hoje, na pós-modernidade, que ambos, pai e
mãe, sejam um modelo humano que possa servir de base à concepção que
seu filho formará de Deus. Se é verdade que numa sociedade complexa como a
nossa a instrução formal passou a ser responsabilidade da escola ou da igreja,
o fato é que a educação básica continua a ser responsabilidade precípua da
família, com muita ênfase na Escritura Sagrada. Deixá-lo com o Estado ou à
Igreja apenas, deste fato se refletem no enfraquecimento da formação moral e
espiritual da criança do mundo atual.
Um dos mais belos textos bíblicos, além dos
que já vimos, é o de II Timóteo 1.4,5; onde o apóstolo Paulo se
refere à influência da família na formação religiosa desse jovem : “...desejo
muito ver-te, para me encher de gozo; trazendo à memória a fé não fingida que
há em ti, a qual primeiro habitou em tua avó Loide, e em tua mãe Eunice, e
estou certo que também habita em ti”. Estudando o VT com a criança chegaram em Jesus
Cristo e foram salvos e Timóteo teve um belo futuro
como líder religioso e um dos substitutos de Paulo numa vasta região carente de
educadores cristãos!
7..
DESAFIOS PARA CUIDARMOS DE UM NÚMERO CADA VEZ MAIOR DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES
NESSE MILÊNIO.
A população mundial, nessa segunda década
de 2000, passou pela primeira vez de sete bilhões; como o crescimento tem sido
muito rápido, a maioria dessa gente é composta de crianças e jovens. E milhões
desses pequeninos estão perto de nós no Brasil; sob nossa responsabilidade.
Liborne afirma: “Criação de um Ministério da Família e do
Menor considerando que a família é o cerne, a causa primeira, e o menor é o
efeito. Assistida e estruturada a família, diminuiremos sensivelmente o índice
dos estados carenciais”.
Vimos acompanhando as notícias de que as
crises internacionais se agravam. Os países se sufocam e a economia mundial é
obscura, sem definições nem paralelos. Com toda estabilidade que experimentamos
no Brasil nos últimos anos, já vemos nossos governantes vacilarem, diante do
que vai ocorrendo pelo mundo e afeta nossa nação.
Entretanto, dentre as prioridades das
famílias e nação, está o investimento em boa educação. Vejo que essa é uma
grande oportunidade para as igrejas se unirem para um grande movimento de
evangelização e educação cristã de qualidade.
8.
NOSSA ESPERANÇA ESTÁ NO “LIVRO QUE VEIO DO PRÓPRIO DEUS”!
Conhecendo melhor a origem e história da
Bíblia, mais a amaremos e desejaremos gastar mais tempo lendo-a, estudando e
meditando nela, para a nossa edificação, para nosso ensino sólido, para o
fortalecimento da Igreja nos propósitos de Deus e para que como
membros-educadores- comprometidos vivamos eficazmente para a glória de Deus.
a. O
que é a Bíblia em sua Origem?
Segundo Daniel Mitchell, podemos dizer que a Alma e o Coração da Igreja
Cristã tem sido comprometidos ao fato de que a Bíblia é um livro que veio do
próprio Deus. Como? A Bíblia nos diz que Deus revelou a si mesmo. Vemos isso
desde os primeiros capítulos de Génesis, onde foi Deus que veio até Adão e o
buscou depois do seu pecado. Deus se revelou a Caim, a Abel, até a Enoque. Ele
se revelou a Abraão, a Isaque e Jacó. Depois se revelou a Israel através de
Moisés. E finalmente se revelou através dos Escritos de poesias e profecias e,
ultimamente, no Novo Testamento, se revelou através da pessoa de Jesus Cristo
(Hb 1:1 -3).
A alma e o coração
da Igreja Cristã tem sido comprometidos ao fato de que a Bíblia é um livro que veio do próprio Deus
Então, há como que um tema único através de
toda a Bíblia (mantendo sua unidade) um Deus de amor, que é pessoal e se faz
conhecido a sua criatura. Então é isso que quer dizer "revelação". É
a maneira que Deus se manifestou aos homens; se fez conhecido.
Bíblia, vem da palavra Biblios, que
significa uma coleção de livros inspirados por Deus aos homens, a quem muito
ama e quer salvar.
b.
Que tipo de livro é a Bíblia?
É um livro inspirado por Deus. Mas o que é
"Inspiração"? É aquela doutrina que nos ensina que mais de 40 homens
falaram e escreveram registrando a revelação de Deus durante um período de 1500
anos; e que há coerência sobre o assunto central da Bíblia que é o Senhor Jesus
Cristo. O apóstolo Paulo escreveu que "Toda
Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender,
para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja
perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra." (II Tm
3:16,17).
"Divinamente Inspirada" significa
que ela vem de Deus mesmo e almeja trazer fé para a salvação, para a doutrina,
instruir na verdade, e para a educação, a justiça; porque a Bíblia repreende,
corrige e educa. O próprio conceito de educação aponta para o fato mais
singular da Bíblia: "Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da
Escritura é (provém) de particular interpretação (elucidação). Porque a
profecia nunca foi produzida (não foi dada) por vontade dos homens, mas os
homens (santos) da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo."
(1Pe 1:20,21). (Obs.: Os textos em parênteses são nossos).
O próprio Senhor Jesus Cristo citou muitas
porções do Antigo Testamento. Ele prometeu que enviaria o Espírito Santo que
levaria os discípulos em toda verdade; e com isso Ele queria dizer que o
Espírito Santo auxiliaria os discípulos a lembrarem o que Jesus fez e ensinou
para que inspirado por Ele pudessem pregar e posteriormente escrever o Novo
Testamento.
Em todas a gerações, o Espírito tem
"iluminado" as pessoas para que pela Bíblia entendam que há um Deus
no céu que tem buscado os homens pecadores; tem se revelado a eles, os tem
conscientizado de suas necessidades; que tem revelado a salvação em Jesus
Cristo e promete a vida eterna àqueles que crêem nele. Portanto, não há no
mundo uma mensagem mais importante e atual do que esta.
Então, temos visto que a Bíblia é a palavra
de Deus ao homem. É o único livro divinamente inspirado da revelação redentora
que Deus fez de si mesmo e de sua vontade para o bem dos homens. Foi escrita
por homens inspirados por Deus. (Veja também: II Sm 23:2; Is 59:21; Jr 1:9).
c.
Ler e Estudar a Bíblia estão relacionados com Oração?
Sim. Porque constituem a forma mais
rigorosa para o crescimento espiritual. Sumariando de Elpidio A. Neris Jr., em regra, na oração você fala com Deus, na
Bíblia Deus fala com você. Continua ele: Para poder entender melhor a Bíblia,
ore. Toda vez que você for lê-la, ore pedindo sabedoria a Deus para lhe ajudar na
interpretação do texto que estiver lendo. Devemos nos comprometer em ler a
Bíblia diariamente. Pois a leitura junto com a oração, tornam-se base para
mantermos a nossa comunhão com Deus (Jo 17:17; S1119:11).
Não devemos nos prender em versículos
isolados. Temos que olhar o contexto de todo o capítulo. Por exemplo: O estudo
"Indutivo" nos mostra que devemos examinar o texto e compará-lo a
outros semelhantes e assim aplicar as lições preciosas para nossa vida.
d.
Usando o método indutivo nós temos três passos a seguir:
Primeiro:
Observar.
Devemos ao ler o texto respondendo perguntas como estas: Quem disse o que, a
quem, quando e onde? Temos que gastar tempo observando o texto lido. Não
devemos de imediato ir interpretando o texto porque fazendo isto podemos tirar
conclusões erradas, chamadas de heresias. É preciso observar com bastante
atenção. Satanás enganou Eva, torcendo a palavra de Deus, ou melhor,
contradizendo o que Deus disse (veja Gn 3:1-16). Ele também tentou a Jesus, só
que o Senhor estava preparado com a sua própria palavra, se firmou nela e
venceu. Assim também devemos fazer; firmar em toda verdade da Palavra de Deus
para vencermos. (Mt 4:1-11).
Segundo:
Interpretar.
Para se entender qualquer livro, é indispensável que saibamos o sentido das palavras.
É preciso consultar um dicionário, em se tratando da Bíblia um dicionário
bíblico. Na interpretação, temos que questionar o texto: O que diz o autor que
escreveu este livro? Quando lemos a Bíblia temos duas tendências na hora de
interpretá-la, são elas: uma é chamada de literal ou ao "pé da
letra", a outra é alegorizando, isto é, atribuindo um sentido figurado ao
texto. Essas tendências, quando adotadas radicalmente, dão um sentido muito
confuso ao leitor da Bíblia. E muitos têm seguido este caminho. A regra áurea
que devemos tomar é a seguinte: tudo o que se lê na Bíblia precisa ser
interpretado à luz da vida e dos ensinos de Jesus. Jesus é o padrão de
interpretação (Jo 8:12,32).
Terceiro:
Aplicar.
Somente após você ter observado o texto (quem fala.a quem fala, quando fala),
sabendo dizer com suas próprias palavras o que diz no texto é que você pode
aplicá-la na sua vida.
Na aplicação existem cinco níveis que são:
Todos devem fazer?
Os crentes devem fazer?
Eu devo fazer?
Eu o farei?
Eu já estou fazendo?
Na aplicação você pode agradecer a Deus
pelo que aprendeu e tomar atitudes em função do que acabou de ler e estudar.
Caro irmão e irmã, se seguirmos estes
passos, veremos o quanto podemos desfrutar de uma vida melhor de comunhão com
Deus, de crescimento espiritual e de progresso na arte de educar. Que Deus nos
abençoe nessa busca prática de maturidade
para sua honra e glória.
RESPONDA: O que significa dizer que a
Bíblia é um livro inspirado por Deus? Qual importância da Bíblia para nossas
crianças, adolescentes e para toda a humanidade?
Não há cuidado
melhor do que educar para uma vida centrada em Deus e na sua palavra!
CONCLUSÃO
Tudo isso redundará em levar nossos
queridos a "Estar em Cristo" e ser membro do seu Corpo (Igreja),
promotora de uma eficaz educação religiosa.
Segundo Henry e Claude King, o
relacionamento de amor, a comunhão que você tem com Deus, é o aspecto mais
importante de se conhecer a Sua vontade e de ser capacitado a realizá-la no
amor uns aos outros.
"Retenhamos inabalável a confissão da
nossa esperança. Porque fiel é aquele que fez a promessa; e consideremo-nos uns
aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, não abandonando a
nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos
outros; e tanto mais, quando vedes que se vai aproximando aquele dia." (Hb
10:24,25).
Deus
põe o Espírito Santo em nossa vida, a fim de nos capacitar para vivermos um
relacionamento correto com Ele que excede ao próximo.
Nenhum método humano, nenhuma lista de passos
a serem dados pode manter o valor, o ensino, o cuidado para com os outros e
nossa comunhão com Deus. A Comunhão com Deus é uma experiência de sua presença
conosco. Embora, na verdade, Deus tome a iniciativa, somos nós que temos de
oferecer uma resposta a ele, a fim de experimentar de modo completo a Sua
presença. A continuação da comunhão com Deus não acontece por acidente. Temos
que amar a Deus com a totalidade de nosso ser. "Este é o primeiro e grande
mandamento" (Mt22:37,38). Se você ama a Deus, você vai obedecer a ele e
adorá-lo. (Jo14:21 ;5:3). Se sua comunhão com Deus for correta - se você amá-lo
com seu ser total - você será capaz até de amar seus inimigos. (Mt 5: 43-48).
Quando o amor de Deus inunda o coração do
Educador, o restante será consequência. O seu valioso trabalho resultará em
muitos frutos para a Eternidade. Continue animadamente fazendo essa maravilhosa
tarefa para a qual você foi vocacionado. “Deus não chama capacitados, mas
capacita os chamados”.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BLACKABY, T. Henry e
KING, Claude V, Conhecendo Deus e Fazendo Sua Vontade, , 3ª edição, Life Way Brasil, S.P. 2002.
JÚNIOR, Elpídio
A. Neris, Curso Bíblico para a
Maturidade Cristã (Como Ser Mordomo e Como Orar). Apoio CEVAN,
Recife, PE.
ROSA, Merval. Problemas da Família Moderna, Perspectiva Cristã, Juerp, RJ, 1979.
MlTCHELL , Daniel, Bibliologia,
ABECAR (Associação Brasileira de Educação, Cultura, Arte e Religião), S.P.
(Matéria do Mestrado em Teologia, área: Estudos BÍblicos), 1992.
SIQUEIRA, Liborni, O Menor na População
Brasileira, Sociedade Civil Bem-Estar Familiar no Brasil - Depart. de
Informação e Educação, RJ.
Nildo
Cândido Rosa
Pastor de Igreja Batista Nova Galiléia – Montes Clatros, MG.
Bacharel em Teologia pelo STBSB/RJ e pós graduado em:
Missiologia, Antropologia Cultural, Gestão educacional, Psicanálise e Mestrando
em Bibliologia. Professor de Teologia e Presidente da ASSIBAN (Associação das
Igrejas Batistas do Norte de Minas).
(Revista Educador da CBB – 1T13)